Começou a valer a nova taxação americana sobre o aço brasileiro, e apesar de estarem sendo feitas novas negociações no momento está valendo a nova tarifa.
O Instituto Aço Brasil lembrou que as medidas também estarão causando dificuldades às siderúrgicas americanas uma vez que no ano ado das 6 milhões de toneladas importadas em forma de placas pelas industrias locais, 3,4 milhões vieram do Brasil, o que representa pouco mais de 50%. Evidentemente para o Brasil o mercado americano é muito importante, uma vez que foi o principal destino de nossas exportações siderúrgicas.
O IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada fez uma nota em que destacou que tal medida terá um impacto importante na indústria siderúrgica nacional, pois os EUA, foram o principal canal de exportação do aço brasileiro em 2024. Pelo estudo apresentado poderá haver uma quebra de produção na ordem de 2,19% da produção, contração de 11,27% das exportações do metal e redução de 1,09% das importações. Isso significa que o Brasil terá perda de exportação equivalente a US$ 1,5 bilhão e uma queda de produção de quase 700 mil toneladas em 2025.
“Isso se deve ao fato de que os Estados Unidos são um mercado muito importante para o aço brasileiro. Em 2024, último dado de ano fechado que nós temos, eles foram destino de mais da metade das exportações. Portanto, é um mercado crucial de aço para o Brasil e daí a importância de se lidar com essa questão”, explica Fernando Ribeiro, coordenador de Relações Econômicas Internacionais do Ipea e autor do estudo.
No entanto o mesmo estudo revela que em termos macroeconômicos para o Brasil o impacto no PIB brasileiro será baixo, girando em torno de apenas 0,01% e de 0,03% no saldo das exportações totais brasileiras.
Ele ainda cita que o Brasil tem uma indústria siderúrgica muito desenvolvida e deverá certamente abrir novas negociações com os EUA, visando encontrar alternativas para este quadro atual.
A nota na sua integra está em: https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/45-todas-as-noticias/noticias/15631-tarifa-dos-eua-sobre-o-aco-tem-pouco-impacto-no-pib-do-brasil-mas-setor-pode-perder-us-1-5-bi-em-exportacoes
Fonte: IPEA.gov.br